Reflexão Pessoal
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Reflexão Pessoal
Abordarei o direito à cidade, dando a minha opinião, através de uma história. Vim de bem longe, à procura de trabalho porque no meu país está tudo muito difícil, a mão-de-obra é cada vez menos necessária e cada vez mais mal tratada. Vim para Portugal, exactamente para a cidade do Porto, não sei porquê, nem porque razão é que decidi vir até aqui, mas só sei que desde que aqui estou tenho sido constantemente marginalizado, maltratado. São dias a vaguear nestas ruas, são dias à procura de um café, de um local, de um banco onde me possa sentar, descansar e reflectir. Por onde passo, toda a gente me olha de lado, é raro haver alguém que olhe para mim e que sorria, é raro ver alguém a estender-me a mão. Não sei porquê, porque de certa forma nem tenho um aspecto assim tão desagradável, e sei que metade destas pessoas só não me acenam, só não me estendem a mão, só não partilham nada comigo porque pensam sempre no que os outros, que virem, poderão pensar. Hoje em dia já não são os valores que contam, é o aspecto físico. Acho que merecia um pouco mais de respeito, um pouco mais de atenção e solidariedade da parte de todas estas pessoas.. será que elas não se importam com a humanidade? Com as pessoas que habitam as suas cidades, com as pessoas que vagueiam pelas suas ruas? Só queria a oportunidade de mostrar que sou um ser capacitado, um ser cheio de dignidade de bons valores, para dar e vender. Onde está o conceito de cidadania, de entre-ajuda? Onde? Será que será assim para sempre? Perguntou-me se casos como este acontecem na minha cidade, no meu meio. A resposta é certa: acontecem! A culpa não sei onde está, mas sei que em casos como estes deveríamos recorrer à mesma, como procura de ‘documentos’, de provas para julgar todas estas pessoas que marginalizam, maltratam, ignoram.. É o mundo onde vivemos, é o mundo que, neste futuro teremos. A culpa? Não se sabe de quem é, mas sei que cada vez mais tenho vontade de fazer algo por tudo isto.. Não é este o exemplo que daremos às gerações vindouras, não pode ser! Todos precisamos de auxílio, de solidariedade, de apoio e todos temos a oportunidade de mostrar quem somos e o que valemos. Esta carta comprova tudo isto e nem sempre é tomada em conta pelos nosso políticos, pelos nossos ‘ chefes ‘ e superiores. Joana Ribeiro 10ºk
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