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Grupos á margem

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Mensagem por De Vasconcelos Seg maio 26, 2008 11:10 pm

Grupos à margem
Pessoas sem-abrigo
O estereótipo mais comum da exclusão social, independentemente das causas ou dos factores da sua existência, é as pessoas que vivem sem residência fixa e que vivem na rua ou em locais que não destinados a esse fim. Um estudo levado a cabo pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil em Lisboa revelou que o número dos sem abrigo nesta cidade é de 1.366 indivíduos, 58,1% dos quais são homens, 11,9% mulheres, não se podendo determinar o sexo de 30%. Apesar de a maioria dos sem abrigo (54%) ter apoio de centros de acolhimento em períodos mais difíceis, uma parte importante está sujeita a condições de grande precariedade. Deste modo, 53,9% ficam em paragens de autocarro, 13,5% em entradas e imediações de edifícios residenciais e não residenciais, 8,7% em veículos abandonados, 6,6% em espaços residenciais abandonados, 3,9% em passeios e ruas e 9,4% noutros locais como espaços não residenciais abandonados, jardins, campos de jogos e outros espaços públicos de lazer, baldios ou canaviais, viadutos e pontes. Outros dados obtidos junto de registos feitos por entidades que trabalham no apoio a esta população mostram que o número de mulheres sem abrigo está a aumentar. Quanto à idade desta população, segundo o LNEC existe uma proporção da população com mais de 40 anos de apenas 30,4%, enquanto a população entre os 20 e 40 anos representa 64,5%. Esta observação afasta-nos da concepção do sem abrigo como pedinte idoso. A situação de sem abrigo traduz-se num conjunto de traços característicos: 14% destes encontram-se em situação de total ruptura familiar, isto quando 62% são solteiros ou divorciados, 77% estão desempregados e 21,4%, pelo menos, estão na dependência do álcool ou de drogas ilegais e 5,3% e 4,2%, respectivamente em Lisboa e no Porto, são ex-reclusos. As razões pelas quais estas pessoas se encontram nesta situação são, segundo dados actuais da AMI, os problemas financeiros (66%), situações de desalojamento (33%) e rupturas com a família (27%), existem outros factores tais como a toxicodependência (17%), problemas relacionais (9%), comportamentais (6%), de alcoolismo (4%), para além de circunstâncias como a saída da prisão (4%), e do hospital (3%).

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Mensagem por Ana Catarina Seg Jun 09, 2008 2:06 pm

o que é que poderia justificar o facto de haverem grupos de pessoas desrespeitadas e desvalorizadas perante outros grupos? Na sociedade em que vivemos ninguem fica imune a comentarios ou actos discriminadores por parte de terceiros...seja pela maneira como nos vestimos, como andamos na rua, como falamos, todos têm a tendencia (principalmente os mais velhos) de nos apontarem como irresponsáveis ou problematicos. Isto no caso dos jovens, porque se olhar-mos para a descriminaçao duma forma mais generalizada, podemos ver que nao so os pobres, ou os negros, ou os deficintes sao as principais victimas. Tambem as pessoas mais ricas sao muitas vezes odiadas pelas classes mais pobres por terem e serem aquilo que a vida lhes proporcionou, ou por aquilo que trabalharam para ter, que nao é bem visto por ser so diferente. Se as pessoas têm como pagar por uma casa num condominio de luxo, muitas vezes a reaçao dos mais pobres(muitas vezes apenas fundamentada na inveja), leva a crer que as pessoas com mais recursos é que são os maus da fita.
Eu acho que estes sao discriminados (algumas vezes com razao, se o seu trabalho nao for honesto ou se se aproveitarem das pessoas para lucrar com isso), porque há poucos ricos. Nao ha um numero suficiente de pessoas ricas, em comparaçao com o numero de pobres, para que os vejamos como um grupo social.
Penso que tudo aquilo com que nos deparamos, se for diferente ao que estamos habituados a encontrar, ou que nos foi incutido desde pequenos como nao sendo correto, provoca em nos uma repulsa pela pessoa ou grupo social: "Se for diferente de nós, é mau".

Ana Catarina Gomes 10º L

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